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Aplicação de Injeção nas farmácias: tendência e tradição!

Acredito que sempre houve aplicação de medicamentos injetáveis em farmácias no Brasil.

Você deve se lembrar de algum episódio da sua infância em que foi para a farmácia tomar uma injeção. Eu tenho uma imagem muito clara gravada na minha mente!

Me lembro até do cheiro da sala de injetáveis da farmácia do Thomazinho. Ele, muito querido por todos e referência como profissional de saúde, era farmacêutico em Nova Era/MG, cidade onde eu passava férias.

Naquseringa velha 2ele tempo, até farmácias das “grandes” cidades eram o primeiro local procurado para fazer curativos, “medir” a pressão e até mesmo para tomar as temidas injeções.

Tirando a nostalgia e avançando um pouco mais na história, vemos que as farmácias passaram a ter um caráter bem comercial. E mais e mais farmácias abriram gerando uma concorrência cada vez maior.

Ao mesmo tempo, cresceu o rigor da vigilância aos estabelecimentos de saúde (para se ter uma ideia, a ANVISA existe há 16 anos) (1). Então, para se aplicar injetáveis, era preciso se adequar para cumprir diversas exigências.

Muitos proprietários passaram a focar sua energia em estratégias comerciais e a enxergar a oferta de serviços como “um gasto” e/ou “um risco” que não compensa.

Mas não se trata de uma regra geral! Posso dizer com muita propriedade que na minha experiência como instrutora de cursos por mais de 10 anos, eu vi de tudo: cidades onde a aplicação de injeção existe em quase todas as farmácias e outras onde não é nada comum.

O fato é que alguns empresários sempre enxergaram o potencial de fidelização que as injeções poderiam trazer e investiram em estrutura física e capacitação de profissionais.

Hoje podemos ver que é bem real a tendência para a oferta de serviços farmacêuticos nas farmácias comunitárias de todo o Brasil.

salaRecentes legislações, como a lei 13.021, as resoluções 585 e 586 do CFF reforçam isto (2-4). Resultados positivos alcançados e o fato de redes bem comerciais estarem agora implantando e expandindo serviços dá uma esperança!

Esperança de que a bandeira “farmácia estabelecimento de saúde” nem precise mais ser levantada.

Esperança de que exista um equilíbrio entre comercial e assistencial.

E esperança de que mais pessoas se beneficiem pelo acompanhamento de farmacêuticos.

Dentro desta nova onda de oferta de serviços, está a aplicação de injetáveis.

Sabe aquela famosa frase “Uma imagem fala mais que mil palavras”? Ter a sala de injeções fortalece a imagem de atenção à saúde na mente do cliente, afinal, uma injeção é um procedimento invasivo, íntimo e que exige conhecimento técnico pelo profissional.

Oferecer este serviço com qualidade pode ser uma grande oportunidade para que as farmácias sejam vistas como locais que vão muito além da venda, ou seja, estabelecimentos onde a saúde é a prioridade.

E podem acreditar, as pessoas buscam (e pagam por) este diferencial!

Este artigo inaugura uma série de conteúdos que irão abordar desde dicas para quem quer se atualizar, melhorar o serviço já oferecido até conhecimentos que contribuam para a implementação da aplicação de injetáveis em uma farmácia.

Tudo muito prático, atualizado, baseado na experiência e nas evidências científicas.

Os próximos artigos irão abordar 3 aspectos que a OMS considera como alvos para uma injeção segura (5). São eles:

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Referências:

  1. Lei 9.782 de 26 de janeiro de 1999 Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. In: Presidência da República CC, Subchefia para Assuntos Jurídicos,, editor. Brasília1999.
  2. Lei no 13.021, de 8 de agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Brasília: DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO; 2014.
  3. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 585 de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Brasília: Conselho Federal de Farmácia; 2013.
  4. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013. Regulamenta a prescrição farmacêutica e dá outras providências. Brasília: Conselho Federal de Farmácia; 2013.
  5. Guiding principles to ensure injection device security, (2003).